sábado, 22 de novembro de 2008

Vícios

Em uma conversa por telefone, entre duas amigas - sobre uma sexta que virou sábado - surge a pergunta:

- Vocês não se alimentam, não?
- Não. A gente só fuma!

E soltaram aquela gargalhada.
Pior que acabaram enxergando, passada a embriaguez do momento, que tudo ali não passava de ilusão. Nada ali prestava. Dos milhões de cigarros, até o amor por aquele homem.
E só o que uma delas queria agora era parar de fumar.
Quem sabe ela não mata dois vícios com uma cajadada só.


"Ah, fumarás demais, beberás em excesso, aborrecerás todos os amigos com tuas histórias desesperadas, noites e noites a fio permanecerás insone, a fantasia desenfreada e o sexo em brasa, dormirás dias adentro, faltarás ao trabalho, escreverás cartas que não serão nunca enviadas, consultarás búzios, números, cartas e astros, pensarás em fugas e suícidios em cada minuto de cada novo dia, chorarás desamparado atravessando madrugadas em tua cama vazia, não conseguirás sorrir nem caminhar alheio pelas ruas sem descobrires em algum jeito alheio o jeito exato dele, em algum cheiro o cheiro preciso dele (…) mas sabes, principalmente, com uma certa misericórdia doce por ti, por todos, que tudo passará um dia, quem sabe tão de repente quanto veio, ou lentamente, não importa. Só não saberás nunca que neste exato momento tens a beleza insuportável da coisa inteiramente viva."
Caio Fernando Abreu


Músicas do dia: Eu Queria Ter Uma Bomba; Amor Meu Grande Amor; Mais Uma Dose, todas na versão do Barão.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

O que dizem seus olhos?

Deixo que eles falem (ou cantem) por mim...

"Esse seu olhar
Quando encontra o meu
Fala de umas coisas
Que eu nem posso acreditar
Doce é sonhar é pensar que você
Gosta de mim como eu de você
Mas a ilusão
Quando se desfaz
Dói no coração
De quem sonhou, sonhou demais
Ah, se eu pudesse entender
O que dizem os seus olhos..."
Tom

"Tristeza não fim
Felicidade sim..."
Vinicius

P.S.> Ouvindo bossa nova...e no escuro!

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Reencontro

Hoje acordei feliz. Muito. Com meu sorrisão estampado no rosto.
É, aquele sorriso mesmo que você conhece tão bem, apesar do pouco que convivemos.
Usaram até a expessão "parece que você está flutuando" pra mim.
E nem pense que é por causa do meu aniversário chegando. Hum-hum.
Perto do meu aniversário fico até mais melancólica do que já sou. Fico deprimida, introspectiva.
E eu estava meio assim, até falar com você.

A razão do meu sorriso constante tem um motivo. E não é pequeno, viu? Nem de longe.
É enorme, que nem a pessoa querida que o acompanha.
Ontem minha vontade foi maior que meu receio e resolvi finalmente ligar pra você, depois de tanto tempo. É, você mesmo que está lendo meu blog agora.
Posso te dizer, sem medo de errar, que ontem tivemos a melhor conversa em muito tempo. Despretensiosa. Transparente.
Não sei se você sentiu a mesma coisa. Quem sabe você me fale isso um dia.
Mas pra mim teve um gostinho doce. Gosto de saudade aliviada. De reencontro com um tempo bom. Tempo de gargalhadas antes de dormir, daquelas que saem soltas e que fazem a barriga doer de tão bom que é.
Parecia até que não tínhamos perdido o vínculo, nem por um dia (mesmo porque você, nerd que é, descobriu meu fetiche pelo seu blog...e agora não posso mais visitá-lo com tanta frequência...rs!).
A verdade é que temos empatia, afinidade. E isso independe do que tenhamos imaginado ou do que não tenha dado certo entre nós.
Você fez falta, viu? Muita falta. Mas isso eu já sabia.
Eu só não sabia ainda que não queria mais essa distância entre nós. Porque você é o tipo de pessoa que faz bem, muito bem em ter por perto.
Só quero que saiba que esse tempo foi necessário sim. Que tudo que foi dito antes e da maneira que foi feito, foi o mais acertado.
Mas agora, vê se não some mais, coisinha!
Você fez parte de um momento muito prazeroso da minha vida - ainda que tenha sido uma "chuva intensa e passageira"- e gostaria muito que continuasse nela. Mesmo que seja numa outra roupagem, e até mais bonita, quem sabe.

Como disse em outro texto, eu acredito em encontros. De almas, de boas energias, de pessoas com um mesmo sentimento ou mesmos objetivos. E esse encontro existiu entre nós.
Talvez nossos corações tenham tomado caminhos diferentes. Talvez nossos objetivos não sejam os mesmos. Mas o bem-querer não precisa se perder de nós.

E eu te quero muito bem, seu bobo. E adoraria que fosse assim sempre.

Obrigada por tornar minha noite e meu dia mais divertidos e iluminados.
Até breve!

Música do dia: Move By Yourself, Donavon Frankenreiter.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Dói mesmo!


"Sabe que o meu gostar por você chegou a ser amor, pois se eu me comovia vendo você, pois se eu acordava no meio da noite só pra ver você dormindo, meu Deus, como você me doía de vez em quando. Eu vou ficar esperando você numa tarde cinzenta de inverno, bem no meio duma praça… Então os meus braços não vão ser suficientes pra abraçar você e a minha voz vai querer dizer tanta, mas tanta coisa, que eu vou ficar calada um tempo enorme só olhando você sem dizer nada. Só olhando e pensando: meu Deus, como você me dói de vez em quando!"
Caio Fernando Abreu

Música do dia: Amado, Vanessa da Mata; The Blower's Daughter, Damien Rice.

sábado, 1 de novembro de 2008

É o azul que eu amo!

(Me pediram, taí o texto. Depois não digam que eu não avisei...rs!)

Pode uma pessoa que já é totalmente apaixonada se dizer "mais apaixonada do que nunca"?
Ontem ele me deu esse poder. Encheu meu coração de "amo você".
E nem me digam pra gostar menos, ou pra esquecer.
Quem disse que eu quero descolorir minha vida?
Prefiro seguir assim, entre o azul e o rosa...


"Des yeux qui font baiser les miens,

Un rire qui se perd sur sa bouche,
Voilà le portrait sans retouche
De l'homme auquel j'appartiens
Quand il me prend dans ses bras
Il me parle tout bas,
Je vois la vie en rose..."

P.S.: Saudade da cor do céu, do meu menino lindo e de todas as coisas que vêm junto com ele.

Música do dia:
La Vie En Rose, Edith Piaf.