sexta-feira, 8 de abril de 2011

Caso prático

"Significado de decepção:
s. f.
1. Ilusão perdida;
2. Desapontamento;
3. Malogro de uma esperança;
4. Desilusão.

O dicionário ensina e a vida traz o caso prático."

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Pedido final

"Sem risinho eu mantive o pedido, fazendo dele algo mesmo. Um murro, você escolhe o lugar. É isso mesmo? Claro que não, seria terrível conviver com isso. Então espero do fundo da minha alma que você possa continuar ouvindo isso sem jamais me saciar. Mas era um minuto tão escuro de uma hora que nem existe, então, quis te dar essa honestidade que nem poderia ser contada pra não perder seu caráter. Eu queria mesmo era um murro. Não o dado porque se ama, o dado com a secura e a realidade de não significar nada. Pra ver se mata ou acorda isso que, também em nome da realidade e da secura, não vou significar.
Isso que queria um murro pra doer onde se fala tanto de uma dor que não se sabe ao certo onde bate. Um murro na boca. Isso que precisa do limite da força pra suportar caber em alguma aresta que sou eu mesma. Isso de doer pra ser bom, que podemos fazer se no fundo funciona também assim?
Isso de apenas ser um murro, algo tão absurdo. Algo que acaba sendo alguma verdade nunca dita causando assim tantos problemas ditos até que todos não se suportem mais. Se as pessoas simplesmente pudessem pedir, assim, vai, me dá um murro, quantos jantares e viagens e noites e festas e conversas e histórias seriam salvas.
Tá, eu vou metaforizar, afinal, é assim que acabo cabendo no que sinto ou ao contrário. Eu queria um murro massagem cardíaca. Queria um murro reboot de cabeça. Um murro pra sentir aquele salgado quente azedo doce na boca, pra ser vampira de mim, fome de mim, um murro pra me sentir e a violência que me amedronta tanto não ser culpa minha. Um murro para eu amar o mal fora de mim, mas sempre precisando dele. Sempre lutando pra segurar o sangue na boca ainda que seja inevitável me escorrer vermelha em cima de qualquer coisa que me faça precisar de ar. O mal arrebentando minha boca e dentes e cordas vocais sempre segurando tanto potencial pra dizer e estragar tudo e ficar livre e querer dizer pra resgatar tudo e ficar livre. E nunca se fica livre porque nunca se fica bem. Um murro pra ter o que cuspir, o que costurar, o que esperar. Pra ver a ferida e não ser a ferida. Pra cuidar de uma ferida que pode se ver e esperar. Pra poder ficar quieta. É isso. Um murro na boca. Bem dado. Para eu ficar quieta. É isso. Eu sou um marido que não agüenta mais sua mulher. Eu não agüento mais a minha mulher. Cala a boca!
Não é sexual, tapinha, coisa de gente que escuta samba e faz piada com pandeiro. Não é doença protegida por açúcar e língua. É raiz à seco. Não é pra exorcizar a merda e correr pro banho e correr pra festa e correr. É murro de cair no chão e enxergar cantos distorcidos de teto se fechando. É um murro bem dado, numa rua sem árvore com flores amarelas. Em algum lugar onde as pessoas falam sueco e escutam húngaro. Em algum lugar onde o azul defunto e o branco dia nada não seja efeito de cineasta perturbado. Um murro terrível, impossível de perdoar, impossível de ser amor, impossível de continuar. E então eu poderia dormir ao seu lado. Cansada, ensangüentada, sem nenhuma espera, acabada, sem amor, sem dente, sem sangue, sem ser gente, principalmente sem ser mulher. E então eu poderia só porque não correria mais o risco de levar um murro."
 

Música do dia: Stuck in a Moment, U2.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Acordando do sonho

Cá estou eu...e ainda sonho. Amargo regresso.
Angústia apertando no peito. Saudade do amor mais doce. Lembranças constantes. Choro intenso. Certeza no coração.
Será que dá pra alguém inventar o teletransporte?
É lá o meu lugar e é pra lá que vou voltar...vc me espera? Eu te espero, pra sempre!
Porque, como já dizia uma frase que li em algum lugar (e me desculpe o autor), "o amor espera até estarmos prontos."
Já já eu chego, amor...de novo...num breve dia.

Música do dia:
I Just Don't Know What To Do With Myself, The White Stripes.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Viagem dos sonhos

Tô viajando esses dias pra viver um sonho que cultivava há algum tempo.
E por causa do destino, coincidência, sorte ou fado - chamem do que quiser - hoje ele é uma realidade. E vai ser lindo, tenho certeza!
Daqui há 3 semanas volto com todas as novidades coloridas e deliciosas que vivi e vi por lá.
Vou indo agora...porque, como diz uma certa Rainha de Copas, "ser feliz é pra ontem!"
Beijo, küssen, baiser!

 Música do dia: Sous Le Ciel de Paris, Julliete Gréco.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Struck The Film

E os dias vão passando assim...
Mas tô chegando, anjo, tô chegando!




Música do dia: Just in Time, Nina Simone.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Uh, que beleza!

Num susto. Foi assim que o coração dela, disparado - que nem toque de taborim - viu o nome dele no visor do celular. E que ficou lá piscando por um tempo, esperando cair a ficha.
Ela estática, travada, ficou pensando se isso estava acontecendo mesmo.
Aconteceu? Ela se pergunta até hoje.

Atendeu. Ouviu seu nome naquela voz grossa e cheia de bossa que conhecia tanto.
Era verdade, então. Era o Rio em carne, osso e sonho. E ela que pensava que coisa boa assim só se sonha uma vez.
E foi, quase cantando, novamente viver o que eu sempre quis.
Abriu a porta e foi entrando, felicidade brilhando no mundo. Mais uma vez seu desejo realizado.

E ela nem diz o que é, porque ninguém vai acreditar mesmo.
Portanto, esse segredo é dela e dele. E que seja sempre assim.
Uh, que beleza!


Música do dia: Imunização Racional (Que Beleza), Tim Maia.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Sonho

"Te contei?
Que sonhei com você.
Que te encontrava na rua.
Assim, do nada, no meio de todos.
E parava.
E olhava.
E sorria.
Retribuía aos olhos teus.
Enquanto os outros me diziam que era um absurdo.
Que jamais deveria eu conversar de novo contigo.
Nem dar-lhe ouvidos.
Que deverias pagar por todo mal que nos fez passar.
Te contei?
Que foi um pesadelo.
Desses que depois a gente se pergunta
será que foi verdade?
Pegava-te pelo braço, como fazia de hábito.
Te encarava sem medo.
E perguntava algo sobre sua felicidade.
Você me respondia com um gesto sincero.
Eu disfarçava.
A gente se abraçava.
Assim, como se não houvesse mais rancor entre nós.
Como se não houvesse mais espaço
para este tipo de sentimento.
Ou tivéssemos nos curado.
Com o tempo.
E que naquele momento
só desejássemos coisas boas um ao outro.
Te contei?
Que no meu sonho você me parecia
melhor do que realmente é."

Texto extraído de: http://felicidadeclandestinag.blogspot.com/

Música do dia: É o que Me Interessa, Lenine.

sábado, 22 de maio de 2010

Roleta russa

E não é que ela estava certa? Só não sabe dizer se puxar o gatilho foi uma boa idéia.
O problema é que ela sabe que quando se brinca de roleta russa alguém sempre sai machucado.
E, sinceramente, que não seja ela de novo a morrer nessa história.

P.S.: Pois é, ela mentiu...a arma ainda estava carregada.

Música do dia: I Look To You, Whitney Houston.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Ô assombração, essa é pra você!

"Olhe nos meus olhos. Vamos. Seja homem. Tire esse sorriso malandro do rosto e por tantas vezes até sem graça... Pára com essa brincadeira de fingir um não querer que não convence. Olha no meu olho como o homem que teu pai te ensinou a ser e tira essa máscara de cara valente, todo cheio de marra. Eu sinto muito. Eu não acredito. Você não é capaz de puxar o gatilho. Porque teu olhar de canto de olho diz que você me quer, mas suas mãos inquietas me falam do teu medo. Porque você pode enganar qualquer um com seus personagens... Mas não a mim. Você não me engana. O cheiro do teu medo, eu sinto daqui... Mesmo que eu te diga que não há balas na arma, você não se arrisca. Eu sei do teu desejo, da tua vontade, do teu abraço, do teu caminhado, do teu canto, das tuas fugas, dos teus sonhos, dos teus pontos, interrogações e reticências... E sei também o porquê de você não me olhar nos olhos. Mas você só vai saber no dia que tentar. Então, vai brincar de roleta russa?"

Texto extraído de:
http://prahoje.com.br/copas/

Música do dia: Sei lá. Ela só quer música alta, pra não ouvir a voz que carrega lá dentro. Melhor não ouvir. Melhor não.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Feliz dia do beijo!


"(...) Beijo bom é aquele que você não lembra o sabor. Mas não vê a hora de provar de novo…"
Frase extraída de
http://querotepegarsobrio.wordpress.com/

Saudade, menino-do-sorriso-mais-doce!

Música do dia:
Beija Eu, Marisa Monte.