segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Serra e mar

Engraçado ver a cara das pessoas quando me perguntam pra onde viajei dessa vez e respondo que fui pra Jeri again. Me olham espantadas, estranhando a escolha constante de estar lá. Me olham como se perguntassem que "existe tanto lugar pra ir, por que lá de novo?".
Uma prima querida me disse uma vez que o paraíso da gente é onde a gente quer que seja.
Então taí, explicado.
Mesmo assim, resolvi fazer um check list dos melhores momentos de Meruoca-Jeri, e que vão ser sempre lembrados e usados por quem vivenciou tudo isso. Aí vai:

1 - Passar a pimeira noite na casa "bem-assombrada" da Meruoca;
2 - Foundes, vinhos e um reencontro de amigos cheio de novidades (a Charlote que o diga...rs);
3 - Descobrir que tinha gente que cantava errado Oceano do Djavan, dentre outras músicas ("amarelo deserto" é osso!);
4 - A chegada com emoção pelas dunas;
5 - O chalé perfeito e no preço em Jeri;
6 - A Fernanda, pessoa que nos proporcionou a sorte de nos sentirmos marajás nesse final de semana;
7 - Leitura e análise diária - e "super séria" - do nosso horóscopo;
8 - Conhecer a Dani e seu marido, e descobrir as estratégias dela para arrancar tudo de um homem;
9 - O brinde (eternizado) à Chela, aos 61 anos de independência do Paquistão, à Dani e à irracionalidade dos relacionamentos;
10 - Os crepes oníricos do Naturalmente, e as nossas caras de felicidade;
11 - Luau surreal no Rancho do Peixe, com direito a eclipse e tudo (outro desse só daqui há...sei lá, próximo ano deve ter outro!);
12 - A volta super divertida do Rancho, cantando e dando gargalhadas, com medo da "paquerinha" da Fly;
13 - Sentar sempre na mesma mesinha do Flamingo na praia;
14 - Planeta Jeri com a melhor banda de todos os tempos da última semana;
15 - Rave no Sky, vendo o sol nascer na beira da praia;
16 - Pedro, "El Matador" (com esse apelido, dispensa-se comentários);
17 - Cazuza tocando over and over, e incitando as conversas alucinantes de dois intelectuais;
18 - A volta triste e saudosa, com direito a uma parada no Cantinho Mineiro pra uma última foto.

Anexo, by Charlote:
"- A Fly acordando a gente, 2 horas depois de termos dormido: 'Bom dia, amiguinhos, já estou aqui!' e 'Tá na hora, tá na hora, tá na hora de acordar!';
- Ver o guia da mobilete nos acompanhando na chegada à Jeri, acenando a cada 10 segundos, pra mostrar serviço e merecer os 10 reais;
- O Thi e sua cama de princesa (Dona Beija), com direito a mosquiteiro;
- Cantar uma música em menção ao ANIMAL e perceber q ele tava atrás da gente;
- Encontrar a portuguesa e a cozinheira dos famosos crepes na balada;
- E lógico: fazer founde com chocolate, frutas e nossas amigas formigas e aranhas."

Bom, é isso. E se alguém lembrar de mais algum momento histórico, favor avisar.
Até a próxima viagem.

Música do dia: Vida Louca Vida, Cazuza; Na Estrada, Marisa Monte.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Pastel de vento


"Nunca me contentei com nada.
De certa forma, a constante vontade de tudo era motivo de orgulho – me tornava especial, inquietante. Até o instante em que vi que
algumas coisas simplesmente não valem a pena.
Não por serem pecaminosas, nem por pertencerem ao terreno minado da moralidade.
Nem sequer se relacionam com consciência ou motivação menos racional. Nem por serem tristes ou cômicas. Não é isso.
Apenas, essas coisas são grandes e atraentes pastéis recheados de vento chamados 'Como vai você?' oferecidos em esquinas barulhentas.
Não sei quantas vezes errei por achar que esperar era estupidez. Paciência confundida com covardia.
Ação era o que importava – e eu sempre conseguia, no final, o prêmio pela empreitada. Mesmo não fazendo idéia de sua utilidade.
E por isso joguei pessoas no lixo.
Traí.

Menti.

E mesmo assim agradecia aos céus por ser tão espontânea, passional.

Hoje, agradeço por ter aprendido que rogar atenção a quem não se importa não vale a pena.

Ou pedir amor.
Exigir amizade.

Tomar porre de pinga ruim.

Discutir com ignorantes.

Paciência é a maior virtude
, agora sei. Ainda bem que a tive para perceber que o seu lugar é mesmo do outro lado da rua, com outras pessoas, falando sobre assuntos que em nada me interessam (por mais que eu tenha me esforçado).
O bom senso me devolveu a paz que quase perdi por recear aceitar que minha felicidade está na calma e não na sua cama.

Sua infância mal ultrapassada.

Seu armário trancado demais.

A falta de palavras.

O excesso de ausência.
Tudo minou até a minha incrível capacidade de persistir: não dá pra apostar o futuro numa mesa em que o maior prêmio é um orgasmo e um beijo na testa.

Pra mim, você
simplesmente não vale a pena!”
Ailin Aleixo

PS.> Esse texto vai pra muita gente, mas os ganhadores disparados são: meu ex-graças a Deus-namorado, um dj metido a conquistador, um barman totalmente sem futuro, uma criatura demoníaca dos olhos claros e, finalmente, um menino que esqueceu de crescer.
Parabéns, vocês merecem!

Música do dia: Você Não Serve Pra Mim, Roberto Carlos.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Amizade

Alguns acontecimentos de ontem me fizeram pensar por que pessoas que se gostam tanto podem também magoar tanto umas às outras?
E acontece assim, como num passe de mágica. Numa hora vocês estão sorrindo, trocando confidências. Na outra, por causa de uma palavra ou de um gesto infeliz, tudo se transforma. Os semblantes se fecham, e o silêncio se instaura.
Pior quando acontece entre duas pessoas tão parecidas, mas tão parecidas, que nenhuma consegue dar o braço a torcer. E o mal-estar se instala.
Pelo menos no meu coração é assim. Fica aquele peso no peito. Surge o arrependimento. A vontade quase incontrolável de me desculpar - mesmo quando a culpa não é totalmente minha.
Mas, por que isso acontece mesmo?
Seria intimidade demais, ou zelo de menos? Quando se tem tanta intimidade as pessoas acabam passando dos limites, é fato. Mas sei que não é por mal, e sim, por consequência da afetuosa convivência.
Mas não seria confiança exagerada em você e no outro, que acaba fazendo com que os envolvidos pensem que nada pode abalar seu relacionamento?
Ou essa amizade é tamanha, que você vê o outro como um irmão mesmo - caso típico, desses que você ama demais - e que tem uma facilidade enorme de brigar e perdoar na mesma proporção?
Melhor do que entender por que acontece, é querer modificar esse tipo de atitude. Ter a cautela e o discernimento pra não machucar o outro. Pensar antes de agir, controlar os impulsos. Tentar entender o temperamento do outro e saber que esse ou aquele ato vão causar algum tipo de constrangimento. Cuidar com todo carinho dessa amizade. Não apontar somente as falhas do outro, mas olhar também para as suas. Saber ouvir, esperar e entender. Ter a humildade e a decência de assumir seus erros e aprender com eles. E finalmente, de pedir perdão e também conseguir perdoar.
Talvez essa não seja a fórmula certa. Talvez até nem exista uma receita pra isso. Mas não custa nada tentar.

PS.> Me desculpo novamente. Não tenho medo de parecer piegas. O único medo que tenho é de perder sua amizade. A partir de hoje eu tô tentando e vou melhorar, e você?

Música do dia: All You Need Is Love, The Beatles.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Só os idiotas são felizes

"Nada mais libertador do que rir de si mesmo. Idiotice é vital para a felicidade. Gente chata essa que quer ser séria, profunda, visceral. Putz, coisa pentelha!
A vida já é um caos, por que fazermos dela, ainda por cima, um tratado do Schopenhauer?
Deixe a pungência para as horas em que ela é inevitável: mortes, separações, dores. No dia-a-dia, pelo amor de Deus, seja idiota. Ria dos próprios defeitos, tire sarro de suas inabilidades. (...)
(...) Eu fico chateada por não ser tão idiota quanto gostaria; tenho uma mania horrível de, sem querer, recair na seriedade. Então o mundo fica cinza e cada lágrima ganha o peso de uma bigorna. Nessas horas não preciso de cenhos franzidos de preocupação. Nessas horas tudo de que preciso é uma bela, grande e impagável idiotice. Como sair pra jogar paintball - ou, melhor ainda, me olhar fixamente no espelho até notar como fico feia com os olhos vermelhos e o nariz escorrendo. Como fico ridícula quando esqueço que tudo passa." Ailin Aleixo

Música do dia: Todo Carnaval Tem Seu Fim, Los Hermanos.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Meninas do Post-it


Que as meninas-cover Carrie, Charlotte, Miranda e a eventual Samantha me perdoem, mas sexta-feira aconteceu o encontro Sex an the City do ano.
Cinco garotas, cinco garrafas de espumante e várias histórias pra contar. Entre um gole e outro, alegrias, decepções, surpresas e amores.
Resolvi, portanto, listar aqui os momentos que "não tem preço" da noite (ótimos pra tirar sarro até hoje):

- Essa é top: A Chuchu "em águas" caindo no meio bar (de onde saiu tanto garçom pra acudir mesmo?);
- De novo a Chuchu, gritando insistentemente "Ô baixaria!";
- As revelações da Ceci, e a Moni desenterrando o famoso apelidinho carinhoso "vagabunda";
- Afffffff...Chuchu (again) ligando para todos os paquerinhas possíveis e imagináveis;
- As entonações de voz "Delean, Deleão, Deleeaan";
- Choro, muito choro de uma bêbada carente e incompreendida por suas amigas (adivinha quem?);
- Histórias de amor contadas sobre a ótica de cada uma (menos eu e Moni, que sobramos pra contar nossa história depois da Chuchu);
- A delícia de dizer "porra, caralho, cacete" sem pudor, entre uma frase e outra;
- Fotos, muitas fotos (com a chacoalhada característica pra dar o efeito);
- Os velhinhos do bar muito felizes com nossa performance;
- A chegada da Fly pra animar ainda mais a festa;
- O cuidado a noite inteira pra Chuchu não quebrar uma taça que eu acabei quebrando (dizem que dá sorte);
- E por fim, cada uma indo super feliz pro seu destino.

Só posso dizer que foi tão bom, tão revelador pra todas nós, que já estamos marcando outro encontro. E olha que era pra ser por mês. Próxima sexta que nos aguarde!

Música do dia: Puro Êxtase, Barão Vermelho; Saúde, Rita Lee.