segunda-feira, 1 de março de 2010

Acordei como se tivessem dado um nó no meu coração.
Ele lateja tanto, tentando escapar do enlace, que não consigo pensar nem ouvir nada além dele pulsando aqui dentro.
É isso que sinto, uma felicidade que quer fugir de mim, um aperto no peito e uma angústia misturados. Efeito colateral de tudo que aconteceu.
Me explica por que tinha que ser assim, eu e você?
Porque, de todos que conheci, você era o único que não podia ir embora. Porque eu sei que é você, agora eu sei. E eu demorei anos pra descobrir isso.
O que vai restar de nós, além de dias incrivelmente perfeitos? Lembranças, e-mails, telefonemas, mensagens de carinho e uma saudade latente e constante?
Eu preferia que de tudo isso, sobrasse só nós dois. E aqui, sem nenhuma porcaria de despedida.
Mas, como ficar comigo é sempre ganhar uma passagem pra qualquer lugar do mundo, você também tinha que ir embora. Logo você.
Fico me perguntando quantos anos mais vão nos separar pra eu te encontrar novamente. Você, que me fez ver um mundo novo, que me fez enxergar coisas e sentimentos desconhecidos até então. Que me ensinou o real significado de confiança. Da entrega incondicional. E que ser livre não significa dizer que não se ame. Significa exatamente o contrário de tudo que eu pensava.
Sei que o tempo vai passar. Que os dias vão virar semanas, as semanas vão se transformar em meses. A vida vai voltar a seguir sua rotina normal.
Talvez eu conheça outras pessoas, me apaixone por outras, sofra, chore, viaje, me divirta, ganhe dinheiro, faça novos amigos. Isso também vai acontecer com você. Sabemos que não dá pra prever o futuro, nem se planejássemos exatamente como gostaríamos que ele fosse.
A única certeza que posso ter é que o nó vai continuar aqui...apertado. Só pra não deixar você sair.

Música do dia: Fix You, Coldplay.

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